terça-feira, 28 de abril de 2015

Vanguarda


A Vanguarda derivado francês avant-garde, significa literalmente a guarda avançada ou parte frontal de um exército. Seu uso metafórico data de inícios do século XX, o uso anglo-americano é reservado a assuntos políticos (como "partido de vanguarda"), e o francês avant-garde, no sentido de liderança cultural e artística.1
O termo vanguarda foi deslocado para as artes pelos seus seguidores e aplicado aos movimentos artísticos que produzem ruptura de modelos pré-estabelecidos, é a relação entre formas antitradicionais de arte ou o novo nas fronteiras do experimentalismo.2Vários escritores têm tentado, com sucesso limitado, mapear os parâmetros da atividade avant-garde. O ensaísta italiano Renato Poggioliproporciona uma das mais conhecidas análises de vanguardismo como um fenômeno cultural em seu livro de 1962, Teoria dell'arte d'Avanguardia (Teoria da arte de vanguarda). Levantando aspectos históricos, sociais, psicológicos e filosóficos do vanguardismo, Poggioli ultrapassa instâncias individuais da arte, poesia e música para mostrar que os vanguardistas podem compartilhar certos ideais e valores que se manifestam na adoção de um estilo de vida não-conformistas, ele vê a cultura de vanguarda como uma variedade ou subcategoria deboêmia.3
Outros autores têm procurado tanto esclarecer quanto ampliar o estudo de Poggioli. O crítico literário Peter Bürger escreveu Teoria do Avant-Garde (1974) olhando para a adesão do Establishment às obras de arte socialmente críticas e sugere que, em cumplicidade com o capitalismo, "a arte como uma instituição neutraliza o conteúdo político do trabalho individual".4
O ensaio de Bürger também influenciou o trabalho de historiadores da arte contemporâneo americana como o alemão Benjamin H.D. Buchloh (nascido em 1941), enquanto os críticos mais antigos, como Bürger continuam a ver o pós-guerra neo-avant-garde como uma reciclagem vazia de formas e as estratégias das duas primeiras décadas do século XX, outros como Clement Greenberg (1909-1994) viram de forma mais positiva, como uma nova articulação das condições específicas da produção cultural no período do pós-guerra. Buchloh, na coletânea de ensaios O neo-avantgarde e a Indústria Cultural (2000) argumenta criticamente uma abordagem dialética para essas posições.5 A crítica posterior teorizou as limitações dessas abordagens, observando suas áreas circunscritas de análise, incluindo o eurocêntrico, machismo e definições específicas de gênero

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