sexta-feira, 24 de abril de 2015


                              O Renascentismo



Renascimento (ou Renascença), como o próprio nome indica, significa o revivescimento de algo que se considerava morto. Os cristãos já empregavam essa expressão quando aludiam à ressurreição dos mortos, por ocasião do Juízo Final. Entretanto, no caso específico do Renascimento Cultural do início dos Tempos Modernos, o termo ganhou outro significado: o de ressurgimento da cul­tura clássica (greco-romana).
O Renascimento Cultural não foi um acontecimento isolado. Ele faz parte de uma ampla gama de transforma­ções culturais, econômicas, sociais, políticas e religiosas que caracterizaram a transição do feudalismo para o capitalismo. Nesse sentido, o Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultu­ral, com a estrutura medieval.
Como manifestação de uma nova visão de mundo, o Renascimento deslocou o centro de interesses do plano religioso, típico da Idade Média, para o campo profano ou secular (isto é, fora do âmbito da Igreja). Os renascentis­tas voltaram sua atenção para o mundo e para a realidade humana, não mais se atendo apenas ao sobrenatural e ao divino. O novo enfoque estava ligado ao humanismo, que, embora fosse um termo utilizado originalmente para designai” o conhecimento de Humanidades (disciplinas ligadas à Antiguidade Clássica), frequentemente é inter­pretado como o estudo e a glorificação do ser humano.
O humanismo foi o veículo por meio do qual os renascentistas tomaram consciência de seu tempo. E, por constituir a parte essencialmente intelectual do Renasci­mento, o humanismo se tomou um de seus mais impor­tantes elementos definidores.


O Renascimento foi um movimento de renovação ge­ral que atingiu a Filosofia, as Artes e as Ciências, no início da Idade Moderna. Resultou das transformações econômicas, sociais, políticas e até religiosas da época, bem como da presença clássica em território italiano. Da Itália, difundiu-se por toda a Europa Ocidental e Central, adequando-se às peculiaridades de cada país.
Dessa forma, o Renascimento deve ser enquadrado no conjunto das transformações ocorridas na Europa durante a transição do feudalismo para o capitalismo . Foi uma revolução cultural, integrada nas demais revoluções que marcaram o começo dos Tempos Modernos.

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