segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Brasil negocia ação contra imigração ilegal de haitianos, diz Cardozo

Ministro se reuniu com autoridades do Peru e falará com Bolívia e Equador.
Segundo ele, objetivo é combater entrada ilegal dos imigrantes.


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira (2) que negocia com autoridades de Peru, Bolívia e Equador a adoção de ações coordenadas no combate à imigração ilegal de haitianos ao Brasil e países vizinhos. Cardozo se reuniu em Lima, no Peru, com os ministros peruanos de Relações Exteriores, Júlio Eduardo Marinetti, do Interior, José Luis Pérez Guadalupe, e dos Direitos Humanos, Gustavo Adrianzén.
A entrada de haitianos no Brasil ganhou força depois que um terremoto devastou o país caribenho em 2010, matando cerca de 300 mil pessoas. A maior parte dos haitianos chega pela cidade de Brasiléia, no Acre. Só em 2015, foi registrada a entrada de mais de 7 mil pessoas.
“A ideia é que possamos sentar juntos, Brasil, Bolívia, Peru e Equador, justamente para que adotar medidas de combate às organizações criminosas que fazem esse transporte ilegal de haitianos e para que possamos ter estímulo à migração legal”, afirmou Cardozo, após se reunir com autoridades do Peru, em Lima.
Segundo o ministro, que segue nesta tarde para o Equador, as autoridades peruanas já concordaram em implementar ações coordenadas contra a imigração ilegal. “Foi uma reunião positiva onde ficou evidenciado o desejo de que Peru e Brasil caminhem juntos no encaminhamento das questões migratórias, particularmente na questão dos haitianos.”
O crescimento da imigração de haitianos preocupa, sobretudo, autoridades do Acre. O governador do estado, Tião Viana (PT), defende que a responsabilidade pela recepção dos imigrantes seja “compartilhada” por outros estados.
Para chegar até ao território brasileiro, os haitianos saem, em sua maioria, da capital haitiana, Porto Príncipe, e vão de ônibus até Santo Domingo, capital da República Dominicana. Lá, compram uma passagem de avião e vão até o Panamá. Da cidade do Panamá, seguem de avião ou de ônibus para Quito, no Equador.
Por terra, vão até a cidade fronteiriça peruana de Tumbes e passam por Piura, Lima, Cusco e Puerto Maldonado até chegar a Iñapari, cidade que faz fronteira com Assis Brasil (AC), por onde passam até chegar a Brasiléia, também no Acre.
Atualmente, o Brasil emite mais de 100 vistos por mês para cidadãos do Haiti, conforme o Ministério da Justiça. Segundo a pasta, a emissão dos documentos a quem busca entrar legalmente no país visa evitar que os haitianos migrem irregularmente, com a ajuda de organizações criminosas.
OPINIÃO:
Na minha opinião o Peru, Bolívia, Equador e Brasil, ao invés de combater deveriam oferecer uma ajuda ao Haiti, que esta muito marcado pelo recente desastre natural, para que não aja motivo para que este povo saia de seu próprio pais. 

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